quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Andei pensando...

Houve um tempo em que as pessoas não tinham internet, bluetooth, iphones, playstation 3 ... Subir num avião era coisa de outro mundo. Televisão era para poucos, rádio também. Houve um tempo em que as pessoas gostavam de ter contato, de fazer visitas, de tomar um chá ou um café da tarde com um bolinho quentinho. Houve um tempo em que a carta era a forma mais eficiente para chegar no coração de um amor a frase "eu te amo".
O homem era cavalheiro. A mulher era mais feliz pois os padrões de beleza eram outros. As crianças respeitavam os pais, os avós e os irmãos mais velhos, o "senhor (a)" era usado com frequência.
O dinheiro ainda não tinha o poder de destruir famílias, nem de comprar amores.

Ganhamos internet móvel, carros importados, shoppings, passagem de avião à preço de banana, televisões com tecnologia HD, celulares que são praticamente robôs, redes sociais, a carta ficou no museu, as visitas agora são de negócios ou possuem um interesse em particular, o chá virou embutido, o café expresso com adoçante, o bolinho industrializado, o "eu te amo" banalizado. O homem quis ser moderno em vez de eterno, a mulher enlouqueceu querendo ter um corpo de Gisele Bundchen. As crianças saem de casa com 10 anos e o dinheiro deixou tudo isso enterrado pra ser o centro das atenções.

Mas quer saber? Eu não sei se conseguiria viver sem um ar condicionado ou um notebook, talvez fosse bem chato, mas eu também gostaria de poder ver as pessoas se amando mais.

Legal seria se soubéssemos conciliar tudo, sem deixar de lado as raízes.

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